sexta-feira, 27 de junho de 2008

Brasília


O horizonte trouxe a tarde com meia lua,
uma cruz, céu alaranjado

Ficou a lembrança
Mas, foi o presente na ultima hora
Quantas pessoas ainda vivem no recôncavo da sociedade
E na alegria engenhosa

O horizonte me trouxe paz, estava só!
O chão está molhado, tome cuidado!
É o vai e vem deste reflexo
São vidas diferentes, e a mente?

E quem mente?
É vai e vem, de gente.

Agora é uma cara maltratada
É dia do horizonte
É decisão
Isolamento!

A guerra continua





Cresci aprendendo quais eram os tanques da guerra do golfo. A fumaça negra subia, eram dutos petrolíferos bombardeados pelo exército norte americano.
Mas, a guerra ainda existe!
Alumínio virou negócio da china e, salvar o planeta é mais uma guerra.
Os pássaros já não estão na marginal, o ar já dói o nariz.

Gente
Muita gente!

Dois rios, duas cidades, uma do lado de dentro, a outra de fora.
Gente
Muita gente!
A guerra continua...

É casamento por dote
É ter carinho à noite
É bicho de estimação que não acaba mais

A porta da frente se abre,
Mas não se pode deixar o fardo pesado desta gente
As pessoas precisam umas das outras

Domingo
Atípico

Hoje me senti europeu,
Mas percebi que o paulistano
Se sente norte americano...

A liberdade é uma sensação de veto
Vejo a cidade por outro anglo

A guerra continua

As pessoas se transformaram em robôs.
Cada uma com seu fone de ouvido,
Cada uma com seu carro blindado,
A guerra continua!

Cada dia uma nova tribo
Que herança essas tem?
Um único medo
Uma única direção

É guerra!

Vi alguém rasgar a foto do papa
Cresci aprendendo o que é anarquia
Também vi uma exposição de arte
Esta se chamou “caras-pintadas”

Ainda continuo aprendendo
Não é que dentro do ônibus tem propagandas!
Televisão de plasma, mini, é!

Eu vi pessoas me olhando enquanto escrevia
Mas também vi pessoas iguais a mim
E o tempo da espera chega, quase meia hora depois
Está frio.
A guerra continua

Hoje melhorei a letra, depois de encontrar vários escritos antigos. Envergonhei-me.
Vamos assumir, estas fases de transições são difíceis, para todos.

Aprendi um dia, sentado ao lado de um sul-africano na Avenida Paulista que: A maioria das mulheres, com idade acima de 40 anos, solitárias, tem um animal de estimação. E que em 70% dos casos a cor do cabelo é idêntica a cor do seu “companheiro”.
Nunca mais o vi, ele estava sentado na calçada, pedindo esmola, com uma placa em português mal escrito.
Há seis meses estava morando na rua, mesmo tempo que ele tinha saído do presídio. Há quatro anos ele foi preso, tráfico internacional, três kilos de cocaína no estômago. Ele nunca bebeu, nunca fumou, tem uma filha de seis anos, ou seja, a que ele lembra tem dois anos!
Vive nas ruas, seu único documento, o alvará de soltura.

A guerra continua!

Nada

Gente sem noção
Me faz lembrar Maíra Ribeiro
você não tem noção...
fora de órbita....

Conexão.
Onde abrimos horizontes
flutuamos ao nexo do nada e,
do nada nasce uma nação, tão rica, tão pobre

Não quero a voz da solução
glória infinita, dias de luta
quero revolução
Ingrata ou não...

Seja está justa!
Tudo que a vida tem sabor
O que é a poesia se não a vida?
Vida.

O Brasil é um ornitorrinco. A universidade, seu ovo.
Vida, secas, ingratas, pessoas, eu, você!
Numa casca de ovo, a ansiedade fardada,
Ínicio de nada, pois o nada tudo é.

Alerta ao mundo real, em órbita.
Onde abrimos horizonte,
flutuamos ao nexo de nada...
Nada!

Cultura, educação.
Precisamos de abrigo, não refúgio.
Quem não é racista?
É hora de ir.

Atinando o juízo!
O nada é tudo. Luz laranja.
Salvando...
(vissi) (lomba) (conchar)

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Trinta e três


A inspiração as vezes vem do vazio,
Tão cedo sofre a dor arrependida da solidão,
a noite é briga constante.
Andar por ai, fotografar, escrever...
As portas abrem e fecham,
Escuro e claro,
Frio e gelado...
Respostas,
Ainda não as encontro.
Singular é a maneira despercebida
Das pessoas que se tornam mecanizadas,
Nossos julgamentos são impróprios,
Pois, somos conhecidos como loucos, insanos, sonhadores.

O relento de 33 anos
Foi o mais realista, consegui chegar,
Os ponteiros passaram devagar pelo 12,
E hora da partida foi despedida, foi reencontro.
Fotografo sem pensar,
A inspiração é sádica, é às vezes traiçoeira,
Mas, quando acordo, percebo que não sonhei acordado,
Mas, quando acordado estou, vivo sonhando,
E viver assim é provar do fruto proibido, é maça mordida,
É dúvida, é saudade, paixões, encontros e desencontros.
Estou por ai,
Portas se abrem, se fecham, é escuro, é claro.
Mas, é o bastante, para viver na simplicidade do prazer, de ser eu mesmo.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Voltei



O meu asteróide não tem vulcões
Tão pouco...
Melhor ficar com o carneiro!

Voltei, e na eternidade lembranças
De que, não sei.
O que sinto é a força
É abstrato

Talvez herança, passo a passo
Genética
Evolução
Navega e dança ô caro Charlles

Voltei

Pele clara, sol, lua e,
Em uma tarde
Cruz
Amém

Voltei

Fogo, água, terra e ar
Tortura
Sombras
Acordei!

E agora só o grito
Da esperança
Quero o grito da
Revolução

Estação paraíso



O apartamento parece vazio
É vida solitária na cidade "vazia"
é sonho e saudade
família e amizades

lembranças do tempo
tick tack, tick tack
a primavera chega ao fim
o por-do-sol fica mais alaranjado

é lua cheia
e, dia de festa
as manhãs já não padecem
é, sopro moribundo e ao relento

Estação paraíso
O apartamento não está vazio
É vida virtual, é saudade
É família é amizade

Agora vamos sonhar
Vamos ver o sol nascer.., se por
Nascer, se por, nascer...
É lua cheia
É dia de festa

Estação Paraíso
Quem me guiou até aqui
Encontros – tick, tack, tick, tack
É amizade, é tempo bom é,

musa inspiradora é,

Sinceridade


P.s - especial à Flávia Caminiti, presente para seu novo nascer do sol
P.s 2 - referência da foto (salão do turismo em SP - by Ernani Baraldi)... Titulo DANCE. Comemore e brinde a vida! ela é "muito" pra ser insignificante.

sexta-feira, 13 de junho de 2008


Rua augusta

A rua está pintada
Cores de ouro
de prata.
São adesivos e tanta gente...

Mas o que é?
A rua já contesta suas angustias
Não tem ouro nem prata
Em meio ao “cult” a sauna
Quem sobreviverá?

É...
quem sobriverá!?
O verdadeiro anseio aos viajantes
Aos passantes, aos solteiros, casados
amantes

A rua

Ela contesta todas a angustias
Vida passageiras, corriqueiras
Quem as percebe?
Ponto de ônibus e, dia, já é dia!

É (...), quem sobriverá?
Sonora rotina vai e, vem...
A rua contesta suas angustias
Não tem ouro nem prata

A rua tem tristeza
Mas tem o novo
Tem contestamento
E sombra

A rua trouxe o velho e novo
talvez de uma frase conhecida
mas de velho o novo nasce
E de dia é nova vida

augusta

terça-feira, 3 de junho de 2008

Sou um idiota feliz


É eu sou
um idiota
Não sei o que quero da vida...
É sou tudo isso, que falam!
A vida é passageira

Não te desejo nada
Só quero viver minha vida
Em paz
Só eu sei!

Quer me fazer chorar
Pois ai está a lagrima
de raiva, ódio?
Ou podem ser de alegria?

A vida é tão passageira
Quando se dá conta
Estamos no espelho
Rindo de si mesmo

A lágrima está ai
Foi de raiva, de tristeza!?
E agora com o grito risonho
A vida é passageira

E vocês são tão covardes...
Não os desejo mal
É, sou um idiota.
Não sei o que quero da vida!

O espelho começa embaçar
Penteio o cabelo
Dou a última espiada e, a última risada!
E deixo a vida passar

Sou um idiota feliz!