sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Conexão



Estrada com destinos espalhados
Vento no rosto, terra, caminho e por-do-sol
Aroma de cerrado, inverno, cores... quais ?

Conexão
Destino, chegada, que está lá?
Sonho bom, serena brisa, luar
Alaranjado céu, nasceu!

Estrada
Com destinos espalhados
Conexão
Céu, sol, lua, terra, ar, inverno!

Chegamos palpar nossos sonhos?
Que caminho é este, desconhecido...
Que fluxo é este sem placas de pare?
Inteligência artificial

Volta, sem fluxo, pausada, alegre
Estrada, aroma de cerrado, cores lindas!
Sonho bom e dia nasceu alaranjado.
Conexão.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

O que nos separa

É o pensamento de mundo melhor
roubam objetos, os sonhos continuam
é novo ciclo, pessoas, a cidade,
poesias, muros pintados, por-do-sol dourado
baque virado
amarelo tornou-se símbolo...
Luta interna! Externa!
Afaga a saudade, anima o menino...
apresenta caminhos, e certeza desta idéia
quem já se faz história, em paredes pintou..
Tantas cavernas!
Perpetuando a evolução!

São Paulo, 30 de julho de 2008.

Ernani Baraldi

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Alfacinhas









Minha ausência reflete em mim o... Estar só entre centenas de pessoas, e estar só, às vezes, representa a coragem de tentar mudanças.
Nossos eternos devaneios serão perdoados. As dores nas costas, dedos doloridos, esboço de um prazer anárquico.
A meia luz tribos se aglomeram, o som da cidade é uma mistura de cor cinza com zumbidos irritantes, deste tráfego contemporâneo.
É meia noite, o menino chora!
A lembrança da ausência reflete para mim (...)
Foi o baque virado, foi a meia luz.
Na noite fria, ao zumbido abstrato perto de tantas alfacinhas(1).


(1)- Alfacinhas:
Um habitante de Lisboa; Porque é que os habitantes de Lisboa se chamam alfacinhas? Porque não têm tomates. Se tivessem seriam saladinhas. Dicionário de Calão.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Além de rimas

É além de rimas, atrás de prédios,
perto do que é verde,
amanhace em São Paulo.
A majestosa, sempre, onipresente,
vai despercebida agora, na aurora,
em poucos desafetos mundanos,
Eis que surje tão glorioso, eis que permanece tão impiedosa!
Ah estas manhãs nostálgicas,
feitas de saudadades, feitas de sons,
Amanhecer, perto de você,
sem te ver... sem te ver... sem te ver...
sem te conhecer...
Estás manhãs... silenciosas, ausentes, pecadoras...

segunda-feira, 14 de julho de 2008

idéai de mundo melhor


O bloco é arte!
E gente de toda idade
Uma só união
Com força, fé.
Não é religião,

É amor, harmonia.
Cores e cidadão
É pele de paz
É moça, menino e rapaz.

Olhos no futuro
Alfaias
Ab`s
E tantos outros
Que ensinam a viver

É diversidade sem diferenças
Sem
d-i-f-e-r-e-n-ç-a-s

Olhos atentos
Muitos deles
Símbolos da paz
Pessoas do bem

São de várias tribos
Tambores soam
O mestre chegou
Vamos bater a baqueta
Vamos, vamos!
Dançando, saltando.
Com calo na mão

sábado, 12 de julho de 2008

Desigual Project


Estou rodeado de papel
No banheiro repousa uma arma
Pesa quase dois kilos
É um livro de gramática
Ensina a explorar a linguagem
Afinal, nada existira sem a linguagem!

Um dia, no apartamento da Camila li:
“De tão pobre é rica a linguagem pré-histórica”
Hoje, saio em busca de cores, vou à reserva cultural.
Por acaso, abaixo da Cásper, onde Camila estudou.
DESIGUAL Project...(Marina/Fernanda)

Só aconteceu por linguagem, Raquel

Foi o mundo virtual

Recheio de coisas lindas e, podres.
Foi maracatu, a batucada explora o racional.
Está linguagem! morcheba, som presente.
Inspiração!

Penso em transições do período socrático
Havia comunicação, simples, direta.
O caminho é limpo, mas as pessoas modernas...

“Zeus”
Salve-as.

Penso na distância contida no medo de amar
E o medo de tentar
Procuro cores, DESIGUAL Project.
Sem medo de tentar!

Faço intercâmbios, procuro linguagem, aprendo.
O caos... ele está instalado, dentro de cada pessoa.
O livro repousando, surpreendido com fumaça quente.
Faz frio.

Sem pensar nos tornamos pessoas vazias
Sendo vazio nos tornamos pessoas frias
Fazendo frio isolamo-nos.
Não quero isto para novas gerações
DESIGUAL Project.

solução!
www.desigualproject.blogspot.com

quinta-feira, 10 de julho de 2008

TARTRAZINA OU FANTA UVA


Composição:
Água gasificada,
Açúcar, suco natural de uva 10%,
acidulante INS 330,
Conservantes INS 211,
Corantes artificiais INS 123,
INS 133 e TARTRAZINA,
Aroma sintético artificial

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Majestosa tarde de inverno

Triunfante, laranja, despercebida.
No vai e vem ela pinta o quadro mágico
Olhos atentos aos mais sensíveis
Olhos tristes aos que não “vivem”
As janelas emolduram a pintura cor de ouro
O vai e vem cada vez mais alto
Barulho, pessoas estupefatas.
Em Brasília, dezoito horas!
Triunfante, laranja, mais alto, mais laranja.
Agora se torna imponente
E alguns dos olhos tristes gritam
Parece alegria, mas é tristeza.
Socorro!

Olhos atentos aos mais sensíveis
Já é noite
O jardim cor de inverno
Faz frio

Ela agora magnetiza sua beleza
Quando todos a vêem sozinha
Triunfante laranja.
Saudosa!

terça-feira, 1 de julho de 2008

Sociedade privada dê descarga.

Está sociedade privada
Este povo com hábito
Está ganância mortal
Este dia de escravo
Existe solução?
Existiram guardiões?
Existirá futuro?

Insanidade!
Sociedade
Privada
Dê descarga!

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Brasília


O horizonte trouxe a tarde com meia lua,
uma cruz, céu alaranjado

Ficou a lembrança
Mas, foi o presente na ultima hora
Quantas pessoas ainda vivem no recôncavo da sociedade
E na alegria engenhosa

O horizonte me trouxe paz, estava só!
O chão está molhado, tome cuidado!
É o vai e vem deste reflexo
São vidas diferentes, e a mente?

E quem mente?
É vai e vem, de gente.

Agora é uma cara maltratada
É dia do horizonte
É decisão
Isolamento!

A guerra continua





Cresci aprendendo quais eram os tanques da guerra do golfo. A fumaça negra subia, eram dutos petrolíferos bombardeados pelo exército norte americano.
Mas, a guerra ainda existe!
Alumínio virou negócio da china e, salvar o planeta é mais uma guerra.
Os pássaros já não estão na marginal, o ar já dói o nariz.

Gente
Muita gente!

Dois rios, duas cidades, uma do lado de dentro, a outra de fora.
Gente
Muita gente!
A guerra continua...

É casamento por dote
É ter carinho à noite
É bicho de estimação que não acaba mais

A porta da frente se abre,
Mas não se pode deixar o fardo pesado desta gente
As pessoas precisam umas das outras

Domingo
Atípico

Hoje me senti europeu,
Mas percebi que o paulistano
Se sente norte americano...

A liberdade é uma sensação de veto
Vejo a cidade por outro anglo

A guerra continua

As pessoas se transformaram em robôs.
Cada uma com seu fone de ouvido,
Cada uma com seu carro blindado,
A guerra continua!

Cada dia uma nova tribo
Que herança essas tem?
Um único medo
Uma única direção

É guerra!

Vi alguém rasgar a foto do papa
Cresci aprendendo o que é anarquia
Também vi uma exposição de arte
Esta se chamou “caras-pintadas”

Ainda continuo aprendendo
Não é que dentro do ônibus tem propagandas!
Televisão de plasma, mini, é!

Eu vi pessoas me olhando enquanto escrevia
Mas também vi pessoas iguais a mim
E o tempo da espera chega, quase meia hora depois
Está frio.
A guerra continua

Hoje melhorei a letra, depois de encontrar vários escritos antigos. Envergonhei-me.
Vamos assumir, estas fases de transições são difíceis, para todos.

Aprendi um dia, sentado ao lado de um sul-africano na Avenida Paulista que: A maioria das mulheres, com idade acima de 40 anos, solitárias, tem um animal de estimação. E que em 70% dos casos a cor do cabelo é idêntica a cor do seu “companheiro”.
Nunca mais o vi, ele estava sentado na calçada, pedindo esmola, com uma placa em português mal escrito.
Há seis meses estava morando na rua, mesmo tempo que ele tinha saído do presídio. Há quatro anos ele foi preso, tráfico internacional, três kilos de cocaína no estômago. Ele nunca bebeu, nunca fumou, tem uma filha de seis anos, ou seja, a que ele lembra tem dois anos!
Vive nas ruas, seu único documento, o alvará de soltura.

A guerra continua!

Nada

Gente sem noção
Me faz lembrar Maíra Ribeiro
você não tem noção...
fora de órbita....

Conexão.
Onde abrimos horizontes
flutuamos ao nexo do nada e,
do nada nasce uma nação, tão rica, tão pobre

Não quero a voz da solução
glória infinita, dias de luta
quero revolução
Ingrata ou não...

Seja está justa!
Tudo que a vida tem sabor
O que é a poesia se não a vida?
Vida.

O Brasil é um ornitorrinco. A universidade, seu ovo.
Vida, secas, ingratas, pessoas, eu, você!
Numa casca de ovo, a ansiedade fardada,
Ínicio de nada, pois o nada tudo é.

Alerta ao mundo real, em órbita.
Onde abrimos horizonte,
flutuamos ao nexo de nada...
Nada!

Cultura, educação.
Precisamos de abrigo, não refúgio.
Quem não é racista?
É hora de ir.

Atinando o juízo!
O nada é tudo. Luz laranja.
Salvando...
(vissi) (lomba) (conchar)

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Trinta e três


A inspiração as vezes vem do vazio,
Tão cedo sofre a dor arrependida da solidão,
a noite é briga constante.
Andar por ai, fotografar, escrever...
As portas abrem e fecham,
Escuro e claro,
Frio e gelado...
Respostas,
Ainda não as encontro.
Singular é a maneira despercebida
Das pessoas que se tornam mecanizadas,
Nossos julgamentos são impróprios,
Pois, somos conhecidos como loucos, insanos, sonhadores.

O relento de 33 anos
Foi o mais realista, consegui chegar,
Os ponteiros passaram devagar pelo 12,
E hora da partida foi despedida, foi reencontro.
Fotografo sem pensar,
A inspiração é sádica, é às vezes traiçoeira,
Mas, quando acordo, percebo que não sonhei acordado,
Mas, quando acordado estou, vivo sonhando,
E viver assim é provar do fruto proibido, é maça mordida,
É dúvida, é saudade, paixões, encontros e desencontros.
Estou por ai,
Portas se abrem, se fecham, é escuro, é claro.
Mas, é o bastante, para viver na simplicidade do prazer, de ser eu mesmo.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Voltei



O meu asteróide não tem vulcões
Tão pouco...
Melhor ficar com o carneiro!

Voltei, e na eternidade lembranças
De que, não sei.
O que sinto é a força
É abstrato

Talvez herança, passo a passo
Genética
Evolução
Navega e dança ô caro Charlles

Voltei

Pele clara, sol, lua e,
Em uma tarde
Cruz
Amém

Voltei

Fogo, água, terra e ar
Tortura
Sombras
Acordei!

E agora só o grito
Da esperança
Quero o grito da
Revolução

Estação paraíso



O apartamento parece vazio
É vida solitária na cidade "vazia"
é sonho e saudade
família e amizades

lembranças do tempo
tick tack, tick tack
a primavera chega ao fim
o por-do-sol fica mais alaranjado

é lua cheia
e, dia de festa
as manhãs já não padecem
é, sopro moribundo e ao relento

Estação paraíso
O apartamento não está vazio
É vida virtual, é saudade
É família é amizade

Agora vamos sonhar
Vamos ver o sol nascer.., se por
Nascer, se por, nascer...
É lua cheia
É dia de festa

Estação Paraíso
Quem me guiou até aqui
Encontros – tick, tack, tick, tack
É amizade, é tempo bom é,

musa inspiradora é,

Sinceridade


P.s - especial à Flávia Caminiti, presente para seu novo nascer do sol
P.s 2 - referência da foto (salão do turismo em SP - by Ernani Baraldi)... Titulo DANCE. Comemore e brinde a vida! ela é "muito" pra ser insignificante.

sexta-feira, 13 de junho de 2008


Rua augusta

A rua está pintada
Cores de ouro
de prata.
São adesivos e tanta gente...

Mas o que é?
A rua já contesta suas angustias
Não tem ouro nem prata
Em meio ao “cult” a sauna
Quem sobreviverá?

É...
quem sobriverá!?
O verdadeiro anseio aos viajantes
Aos passantes, aos solteiros, casados
amantes

A rua

Ela contesta todas a angustias
Vida passageiras, corriqueiras
Quem as percebe?
Ponto de ônibus e, dia, já é dia!

É (...), quem sobriverá?
Sonora rotina vai e, vem...
A rua contesta suas angustias
Não tem ouro nem prata

A rua tem tristeza
Mas tem o novo
Tem contestamento
E sombra

A rua trouxe o velho e novo
talvez de uma frase conhecida
mas de velho o novo nasce
E de dia é nova vida

augusta

terça-feira, 3 de junho de 2008

Sou um idiota feliz


É eu sou
um idiota
Não sei o que quero da vida...
É sou tudo isso, que falam!
A vida é passageira

Não te desejo nada
Só quero viver minha vida
Em paz
Só eu sei!

Quer me fazer chorar
Pois ai está a lagrima
de raiva, ódio?
Ou podem ser de alegria?

A vida é tão passageira
Quando se dá conta
Estamos no espelho
Rindo de si mesmo

A lágrima está ai
Foi de raiva, de tristeza!?
E agora com o grito risonho
A vida é passageira

E vocês são tão covardes...
Não os desejo mal
É, sou um idiota.
Não sei o que quero da vida!

O espelho começa embaçar
Penteio o cabelo
Dou a última espiada e, a última risada!
E deixo a vida passar

Sou um idiota feliz!

sábado, 31 de maio de 2008


Beleza

Hoje acordei sem as lentes
Ontem não me animei para a academia
Amanhã... ai ai, será?
Acordei!

Será mais um dia
E ontem apenas, apenas...
Qual é a cor do seu pára-quedas?
Arco íris... Quem quer ver?

Animei pela virtude
Caminhei e vi as garças
Ah e depois a chuva castigou
Acordei!

Beleza acordei sem as lentes
Que beleza não a vi ... “he he” beleza
Ontem apenas, apenas...
Imagem!

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Maluco sem beleza


Sou maluco sem beleza
A sombra sem franqueza
A vida sem moleza
Sou este

A fraqueza maluca
é vida,
sou este maluco
Sem beleza

Forte?
Ou seja, quem julga?
Maluques sem freguês
Ou seja, forte?

Foi por ai, de ônibus...
Estas ruas cheias de beleza, mas..
para muitos fraquezas
Sou maluco à sombra

1,2.. e 3... pensamento
quem foi que roubou meu palm?
1,2 e 4... a hora da verdade
Insensatez... ! Maluco foi...

terça-feira, 20 de maio de 2008

Sombra da cidade



Foi ver a sombra da cidade
Entre arquitetura e pessoas
Entre alegria e tristeza
Gente

A cidade arquiteta as pessoas
E estas vivem entre sombras
Gente
Foi ao sul

Brava bandeira, trêmula...
Deste céu azul e cinza
Brava gente entre sombras
Arquitetada sociedade

Gente
E o sul ficou cheio de saudades
Entre palavras, entre sonhos
A cidade presenteia, e está gente (...)?

O presente desta gente
Ficou o passado com marcas
E o futuro talvez seja reencontro
desta gente.

Foi ver a sombra da cidade
Entre arquitetura e pessoas
Entre alegria e tristezas
Foi ao sul que ficou...

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Fotografei



Fotografei algumas coisas,
e assim as deixei,
ela por ela mesma
dizendo as abstratas palavras da arte,

foi o pôr-do-sol,
sem musa inspiradora,
foi a manhã fria, nostálgica ou não.
As vezes a inspiração depende de algo,

e é assim nossa vida,
sempre desejamos, sempre queremos,
e muitas vezes não sabemos o quê!
Na alegria do momento rimos a dor disfarçada,

na tristeza desejamos pessoas ao lado,
desejamos falar, gritar, chorar...
a vida é assim mesmo,
cheia de desejos,

cheia de imagens...
sem musa inspiradora,
sem dor, sem medo,
mas na constante busca de algo...

algo que nunca sabemos o que é!

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Pinceladas


Veja o por-do-sol
sente-se sozinho e aprecie...
somente olhe.

Depois pinte um quadro imaginário,
cheio de palavras, idéias e ideais.
a vida é assim... simples nas palavras,
apenas uma pincelada.


Pinte seu quadro da saudade,
trace a silueta das suas mentiras,
e apenas aprecie a paz interior,

simplesmente...
como uma pincelada

Yuuuupiiii Yuuupppiii
Jargões convenientes,
saudações das mesmices
todos lhe desejam parabéns...

Odeioooo isso....
Gosto de ser assim...

menino do asteróide
pode parecer extranho e até surreal.


Um breve contato,

uma nova amizade..

Menina querida,
esboço o desatento prazer,

o criativo, o fulgaz.
quando acordamos...

O sopro faz apagar as velas,
O sono faz reacender os sonhos,

A vida conduz nossa realidade,
Mas nada compara-se a sintonia,
A energia,
E a essencia, de ser sempre menino ...
ou menina.

De ser voce mesmo!


em especial ao aniversario de (Yuuupiii) - Yula Maltrangolo (Franca-SP)

terça-feira, 1 de abril de 2008

Secou

Secou
Quando a terra secou. E o ar rarefeito deixou de circular. Escrever-pensar.
O possível numa liberdade rodeada de mar por todos os lados.

Idade



Vem e passa,
Alegrias e angustia;
Idade
Voltas ao mundo,


Que de voltas vivemos.
Hoje já é passado,
Minuto instante,
O dia que será adeus;


Mas de ti não livrareis idade.
Que doce vida de saudades, Vida de idades...
E agora?
Sabedoria.

domingo, 30 de março de 2008

Garoa desta terra


A cidade que não pára
É a cidade de tantas coisas
É a solidão na multidão
É multidão e vontade de ir embora

A cidade que não pára
É multidão de medo
Poluição e desejos, dos desejos.
Mas quando cai à noite...

É a brisa suave vinda do litoral
É o engarrafamento da marginal
É cultura e inferno
Cidade de tantas coisas!

Confusões e passado de histórias
Abrigo e desabrigo garoa e medo!
Refúgio na Internet
Acasos e testemunhas oculares.

Esta cidade não mente
Maltrata gente, acolhe a igreja.
É Deus na esperança
Faca e sangue na calçada

Ela é abstrata, é impacto na água
A cidade que não pára!
É vontade ir embora
É a cidade de tantas coisas

Mas é a cidade que ensina
Parceira e menina
Na rua e no arranha céu
De preto e branco acabou.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Palavras silenciosas



Sintonia sinuosa na escuridão
Interrompida por uma luz que brilha
Será o fim?

Silenciosas que saem sem perceber
Palavras
A luz pisca, boa noite é o fim?
Interrompida sem perceber
Ao anoitecer.

Abrindo a alma, tudo ao seu tempo,
Muitas coisas sem inspiração
E palavras incertas no brilho e de dia
Busca aos olhos medonhos no espelho

Bom dia, de dia, e mais uma noite;
Palavras silenciosas
A luz laranja nos saúda com música, prosa e poesia.
Sintonia sinuosa na escuridão
Interrompida por uma luz que brilha
Será o fim?

Silenciosas que saem sem perceber
Palavras
A luz pisca, boa noite é o fim?
Interrompida sem perceber
Ao anoitecer.

Abrindo a alma, tudo ao seu tempo,
Muitas coisas sem inspiração
E palavras incertas no brilho e de dia
Busca aos olhos medonhos no espelho

Bom dia, de dia, e mais uma noite;
Palavras silenciosas
A luz laranja nos saúda...
... com música, prosa e poesia.

Pseudônimo


Aproveite o belo,
brinde.
A tarde traz a aurora,
e dia o sepulto da verdade.
Quem és tu que assombra minha morada?
Vá ao seu encontro e traga paz,
e assim trazeis a si mesmo.
Vinde a mim e te darei...
Infância adormecida que te libertarás!

quarta-feira, 26 de março de 2008

Justificativa


Não sei!
Onde foi?
O que foi?
Apenas abandono-lhe ao leu;

A relva ao mar...
E as frias noites ao seu lado,
Esforço-me não lembrar.
Seus erros são as premissas,

Das incertezas,
Destas justificativas,
E infame volumosa seda.
Hoje é a colheita afetiva,

Dos meus ínfimos desejos,
De pudor retribuído as nossas,
Mais incertas...
Justificativas.

Os dias


Os dias, os anos passam...
As lembranças são eternas,
a saudade permanente e nossos olhos
em busca de cenas e tempos vividos.
Os dias, os anos passam...
Vivenciamos lições de vida,
aprendemos a vasculhar em nossos guardados do coração
e a acariciar lindos momentos que se foram para não mais voltar.

Os dias, os anos passam...
Crescemos na alma, mas sempre seremos frágeis no amor,
Os dias, os anos passam...
Muitos virão ou quem sabe, nossa estada nesta vida seja curta...

Nada sabemos do amanhã.
Os dias, os anos continuam a desfilar na passarela do aprendizado e nós,
protagonistas da vida,
enfrentamos os momentos que nos fazem infelizes e nos deliciamos com os felizes!

Resumimos, que a vida é um grande baile em que almas se encontram,
se esbarram, se unem e se separam...
Cada qual bailando nos conflitos, nas esperanças e nas suavidades de momentos de amor.
De todos os dias, anos que se foram,

concluo que viver é ser cada qual, em sua essência adquirida.

Com todas as adversidades, com as lágrimas derramadas, ainda assim, a alegria de viver é o maior presente embrulhado em papéis de brilhos de momentos...

Maestrada é sua dança


Ao sul as belas e brancas nuvens de inverno
Ao norte tu eis esplendor
Ë magnitude

É mistério
Tocar-te-ia, mas acompanho-lhe
Nesta noite fria
A manha nos trás nostalgia

E desta vivemos a incerteza do período contagioso
Ao lar retornamos, e uma interrogação (?)
Será dia e lembranças?

Estas já não as têm

Somente mistério

Sem certezas.

Entrelinhas virtuais



Entrelinhas da distância
Longínqua é a tristeza que nos persegue
Perto é a insônia, e de manhã o afago exercitado.
Entre linhas virtuais

Encontro noturno, palavras silenciosas;
Luz laranja, barra azul;
Perto é insônia, e de manhã mais um dia
Entre linhas esperançosas

Boa música, mas a distância feita de palavras;
Inspiração, cortejo anfitrião, saudade.
Perto é insônia, e de manhã um pouco mais...
Entrelinhas te espero!

Solitário jantar, alegre bem estar,
Entrelinhas virtuais, linhas da distância;
Luz laranja e insônia, que seja tardia.
Pois te esperar é o que tem feito a noite brilhar.

terça-feira, 25 de março de 2008

Mudanças


Verdadeiro anseio de maturidade.
Provações ao nosso ego, mas ele mesmo não sabe o que quer.
Seria apenas multidão?
Mostra-me SEU ser TODO poderoso o desprezo alheio
Palavras citadas de alguém jamais imaginado.

A bonança aparecerá
Vidas para proteger o nosso coração
Meias palavras acontecer acasos
Anticorpos colaterais ao desprezo e a nossa angústia abstrata

Procuro a paz vivida nos problemas cotidianos
e de dias e dias e dias e mais dias...
Daí em um molho de tomate,
encontrar minha real estrutura de sanidade
ao real exposto, quem diria ao que tiver que ser.
Que delicia estar comigo!

Proibido






Encantar a alma,
Este seria um bom tema, mas...
Encantar a quem?
E em dias chuvosos trilha sonora nova.
Você e eu a margem do proibido...
Que delícia.
Quem foi que proibiu proibir?

Limpeza




Você
Dois passos e se perca
Conte os pássaros
Agora desista
Você
Não insista
Apavorar-te-ia?
Berço lusitano
Bom dia
Abra a porta
Você
Permita-se esta limpeza

Saída



A lua inspira minha sensibilidade
A água maltrata minha angustia
E o sol vem me dizer:
- rapaz pare de sonhar!

É então, em meu mais secreto esconderijo;
Satisfaço meu gosto pela noite.
Tenho medo
Mas,
É impiedoso como maltrato meu ego esperançoso

O compasso é discípulo da minha insônia
Repouso seguro
E bom dia já se foi
Junto com minhas grandes melancolias

Perdido digo adeus,
Ao encontro estou
Mas de mim,
Preciso me perder

quarta-feira, 19 de março de 2008

Eu


Esses dias em que a tristeza lhe afoga,

estarei ai, a sua cercania.
Não há de haver murmuro uma lágrima, e desta,

a nossa gratidão!


Esses dias que lhe fizestes feliz...
Areia aos pés
Elis nos falava do barco errante.
Infinito nostálgico, melancólico, mas pintado a ouro.

E
U
U
U
U
U
U


Humano ser!
Obrigado por esses encontros
Criaturas da noite já não as temem!
Namaste.

terça-feira, 18 de março de 2008

Acaso




Acaso...
Qual foi a semente que não germinou?
E quantos pássaros da janela tu vistes?
Quantos deles não voltaram...E quantos voaram?


Sinto a regência de urano
Regência dos cosmos, como aceitá-la?
Entendimento interno, anos luz, não apague!
Conduz ao interior, sem medo apenas desejo.

Claridade, luz para o caminho
Na minha frente, de repente
Nasceu menina
Tornou-se mulher

E o casulo ficou só
Nunca mais voltou
Adiante sem medo
Que futuro é este?

Reveladora esperança, de criança.
Adormece e sonha
Grita a fadiga
Espera na vereda sem magia

De tarde e de dia...
No seu sonho meu acaso
Agora não tardia, de verde é coração
Esperança já é dia!

E de dia? Em que magia?
Reveladora esperança de criança.
Tudo agora no instante de poesia

Quando a foto lhe roubava
Que de cimento é tão linda
Os verso que criamos
Descoberta interna sem acasos.

sábado, 8 de março de 2008

Alisu & Elias



E a noite chegou...

O frio já é madrugada

Canta a passarada

E pessoas vêm me visitar


O sol desce

As estrelas surgem

O amor passa

E a musica fica


E na duvida saímos

O silêncio da musica é o barulho da cidade

E a cidade maltrata e inspira ...Cárceres!

Já é verão?


Muitos morreram sem solução

E a morte eterniza o medo da vida

E o fim parece sem saída

Que saída?


Ecos da liberdade

E ficou a musica

“Alisuelis” e ponto final!

Ponto com.cl

quarta-feira, 5 de março de 2008

Palavras ao vento,




Realismo de muitas cicatrizes de nossas palavras incertas.
Insumo desfrutado e insultos.
Palavras que voltam ao colo materno de amizades certas e,
Incertas por nobrezas e fortalezas.

Onde você esta?
Onde eu estou?
E onde estarei amanha?
Ou hoje,

ou em seu intimo infarto e vaidoso anseio contagioso,
dessas e nossas angustias e desejos. Cicatriz das palavras ao vento,
ao leu te dará o presente e o passado,
para o futuro e ao curto e longo dia,
à tarde de nossas intimas fantasias vividas.
E para as palavras que aquele vento de brisa, daquelas insertas palavras,
Do hoje não vividas por nossas incertezas de um amor ou, rancor.
Passos e melancolia, loucura e sinônimos, o que realmente somos?
Loucos?
Amantes?
Insanos?
Humanos!

Essa luz, reluzente ou não,
mas que conduz, ao amanha ou não,
Inseguros, incertos e amigos,
colo materno, de ti, de mim, de nos e de todos...
Céu de esperança, caloroso abraço e feliz lagrima rolando na ilha de nossas caras...
Chore...
Ame...
Cante...
Viva...
Cante...
Ame...
Chore...
Viva...
Ame...
Eiiiiiiiiiiii!!!
Não tenha medo!
Felicidade...Onde?
Por favor, acenda a luz!

O dia em que aprendi andar de bicicleta


Minha cara era só sujeira, poeira e barro, mas consegui o que há tempoS treinava. Finalmente, pela primeira vez, andei sem as rodinhas de apoio da bicicleta.

O ano 1985, as ruas ainda eram de terra, a família era unida, meu presente desse ano? Um livro, O pequeno príncipe, a bicicleta, ora, ainda um sonho, embora esse tenha sido o sonho de toda criança daquela época.

Meu Deus, quem na infância, na década de 80 não se lembra: “Não esqueça minha caloi”.
Claro haviam outros emergentes tecnológicos, Atari, Genius e, ainda me lembro que papai chegou em casa com uma “Guigui”,

ahhh... essa boneca me causava calafrios toda a vez que minha irmã pegava nas mãozinhas dela e puxava, aquele som de guiiiguii guii guii...

Pois é, quanta nostalgia, entretanto sem meu sonho. Mas me deliciava com as figuras da jibóia que comeu um elefante, que para adultos era um chapéu. Que burros!
Não sabem mesmo ter um ponto de vista inocente, critico e sábio como de criança.
Minha imaginação fora fértil tanto quanto ao do pequeno, quando encotrou um aviador caído no deserto. Ele ficou lá até que o adulto pudesse acordar, e quando o fez, pediu-lhe. – Desenha um carneiro!?

Nesse pequeno filme imaginário não havia espaço para sofrimento, debaixo do meu “carro” uma maquina de costura da elgim, eu, bem, eu costurava e dirigia minhas fantasias, sentado horas a fio ali, sozinho, com meus mais nobres e inocentes pensamentos.

A brincadeira só acabava quando mamãe com o pé acelerava para costurar o bolso em uma camisa branca, era inicio das aulas e, lá estava, mais um bolso com o brasão da escola Henriqueta Rivera Miranda.

Da pequena cidade dos sonhos nunca me mudei, continuo lá, mesmo não estando. Continuo a brincar, a ver as coisas com inocência, o pequeno ainda permanece em meu coração, fazendo recordar.

Quando uma criança diz que quer uma bicicleta eu sempre sugiro um livro. As rodinhas da bicicleta continuam na minha lembrança, será eternizada, seja para mim, seja para aqueles que com sabedoria possam reconhecer sonhos em pequenas inquietudes da vida.

Que possam enxergar um sonho mesmo não podendo palpa-lo, precisando cair, ter poeira e barro na cara. O crescimento é necessário, porque o faz de conta não é para sempre, crescermos e deixamos de ser menino e/ou menina, abraçamos mudanças e acompanhamos literalmente uma prisão chamada sociedade.

Sempre me sinto sem as rodinhas, prefiro acreditar que vou cair, vou ralar o joelho, vou escutar gente rindo.
Mas o importante não será ter conseguido andar sem rodinhas, mas sim de ter sempre tentado.

Ser diferente


Gosto de escrever à noite, nos 10 minutos em que desarrumo as estrelas,
trocando-as por palavras. Palavras suaves...

Porque eu sou assim!
Gosto de ser menino,
de me esconder em sorrisos tímidos,
de construir uma casa só minha,

onde ninguém me conhece.

Pois o meu sangue é brisa leve,
e a minha pele está bordada à seda.
E há algo dentro de mim que não esmorece,
enquanto espero te espero na vereda...

A vida intensifica-se quando sorris,

porque no teu sorriso cabe o mundo!
E ninguém sabe o que ele me diz,
quando me resgatas do meu refúgio escuro.
Gosto da música das tuas gargalhadas,

do carinho disfarçado em público...

...Da tua seriedade, das tuas palhaçadas,
das pazes depois dos amuos.
Gosto de ti, quando tu és tu,
porque não te encontro em mais ninguém.

Gosto dos teus olhos, da tua atitude,
e da luz que me trazes quando a noite vem...

Essência e Amor


Respeito,
Amizade,
Companheirismo,
Diferenças,
Detalhes.

Uma receita que foi ensinada por nossos avós.
Um frio na barriga,
Mas ainda não é o amor,
É paixão.

Química trimestral.
Tempo revelador
O amor chegou...
...Ou não,

Perceber-te é fácil
Mas é verdadeiro?
O amor é essência, é...

Atitude,
Entrega,
Desejo,
Sedução,
Romantismo,
Olhar,
Carinho,

E essência é o coração pulsante,
A criança viva eternamente dentro de ti,
É doar sem querer receber,
Amar sem medo de sofrer,
Rir o riso não vivido,

Viver a historia de alguém como se fosse sua
Fazer o diferente, ser taxado de doido,
Ver por muitos dias o pôr-do-sol, ou o nascer dele,
É sentir-se bobo, anestesiado, em sintonia.

Mas se mesmo assim você encontrar mentiras verdadeiras
Não desista
Acredite, ainda existem pessoas com essência e amor.
E você quem deseja ser?

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Fantasia


Lembra quando todos eram mais felizes, sorriam por qualquer motivo e as coisas mais importantes eram ver o riso de uma criança, um pôr de sol, um grande amor e a paz de um domingo?


Que será que fizemos para apagar o riso, porque será que as cores ficaram mais pálidas? O que fizemos contra nós mesmos para esquecermos de caminhar na chuva e espiar ninhos de passarinhos? Morreu a fantasia, morreu a criança que vivia dentro de nós?


Deixamos tudo isso acontecer e nem nos apercebemos. Gastamos nosso tempo na televisão, no telefone, na internet e deixamos para trás a nossa alma, as horas de papo com os amigos, o passeio de mãos dadas e o cafezinho no boteco... Queria te convidar a sonhar.


Não, não é para mais um sonho do que se vai comprar, adquirir e se entupir. Sonhar infantilmente, por nos olhos a candura pueril, os lábios quase falando a ânsia da alegria, navegar na FANTASIA! Vá correr sem medo e, em todo o desapego, igual correr na estrada com poeira sem pensar na sujeira, brincar com o sentimento, ser novamente num momento apenas garoto, maroto, arteiro e eterno.


Pois não há inverno para quem corre no sol, não há inferno para quem tem nos olhos o brilho de um farol. Nunca haverá paz em qualquer rincão do universo se dentro de nós, frutos da criação, ela não habitar antes.

Horizonte


Vento oeste o que levais contingo?
Deixe apenas amigos, pedras, água e terra.
A suas margens finais descobertas
Vento oeste.

Levais as dores, magoas e intrigas,
Deixa apenas amigos.
E agora o encontro contrário,
Oeste de ouro pintado esta.

Fico contigo vento, contemplando esta pintura.
Invisível essência, tens a melhor...
Pois tu, vento oeste...
Nada se pode ver

Somente sentir

Sinta!

Vida


Foi à essência que nos trouxe aqui
O destino parecia incerto
E aos poucos foi revelador
A vida irrita!

Palavras e discursos
Caminhos sem chegada ao fim
Metades com sentimentos de bem estar
A vida, não irrita?

Você me conhece?
Ninguém se conhece quando anoitece
E jamais o mundo na tristeza resplandece
A carta que nunca chegou...

Mente sã e dias de angústias
Embebedados no discurso consolidado
E a manha parece cair, ou sair...
Que nos trouxe aqui?

Vida!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Saudade


O sol nasceu mais tarde, mas não sei onde estou.
A lua parece ser crescente, mas, ainda... onde estou?
Perdido na noite.
Busco saídas, encontro entradas.

Saio de dentro e de fora não encontro nada
Mais um dia de refúgio no quarto escuro.
Só não sei quantas noites foram
Intrigas e poesias

Inspiração que vai e vem
E o trem, o que levastes?
Partiu e fiquei, e os pedaços de tantas interrogações.

Medo
Amor
Família
Amizade
“Saudade”
Dor

Quero buscar o passado
Lá estou, e no presente, nada restou.
Não a passado sem dor
Não a lembranças sem passado

E de dor e passado
Aniquilado ficou.
“Saudade”,
Quem eis tu?