domingo, 30 de março de 2008

Garoa desta terra


A cidade que não pára
É a cidade de tantas coisas
É a solidão na multidão
É multidão e vontade de ir embora

A cidade que não pára
É multidão de medo
Poluição e desejos, dos desejos.
Mas quando cai à noite...

É a brisa suave vinda do litoral
É o engarrafamento da marginal
É cultura e inferno
Cidade de tantas coisas!

Confusões e passado de histórias
Abrigo e desabrigo garoa e medo!
Refúgio na Internet
Acasos e testemunhas oculares.

Esta cidade não mente
Maltrata gente, acolhe a igreja.
É Deus na esperança
Faca e sangue na calçada

Ela é abstrata, é impacto na água
A cidade que não pára!
É vontade ir embora
É a cidade de tantas coisas

Mas é a cidade que ensina
Parceira e menina
Na rua e no arranha céu
De preto e branco acabou.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Palavras silenciosas



Sintonia sinuosa na escuridão
Interrompida por uma luz que brilha
Será o fim?

Silenciosas que saem sem perceber
Palavras
A luz pisca, boa noite é o fim?
Interrompida sem perceber
Ao anoitecer.

Abrindo a alma, tudo ao seu tempo,
Muitas coisas sem inspiração
E palavras incertas no brilho e de dia
Busca aos olhos medonhos no espelho

Bom dia, de dia, e mais uma noite;
Palavras silenciosas
A luz laranja nos saúda com música, prosa e poesia.
Sintonia sinuosa na escuridão
Interrompida por uma luz que brilha
Será o fim?

Silenciosas que saem sem perceber
Palavras
A luz pisca, boa noite é o fim?
Interrompida sem perceber
Ao anoitecer.

Abrindo a alma, tudo ao seu tempo,
Muitas coisas sem inspiração
E palavras incertas no brilho e de dia
Busca aos olhos medonhos no espelho

Bom dia, de dia, e mais uma noite;
Palavras silenciosas
A luz laranja nos saúda...
... com música, prosa e poesia.

Pseudônimo


Aproveite o belo,
brinde.
A tarde traz a aurora,
e dia o sepulto da verdade.
Quem és tu que assombra minha morada?
Vá ao seu encontro e traga paz,
e assim trazeis a si mesmo.
Vinde a mim e te darei...
Infância adormecida que te libertarás!

quarta-feira, 26 de março de 2008

Justificativa


Não sei!
Onde foi?
O que foi?
Apenas abandono-lhe ao leu;

A relva ao mar...
E as frias noites ao seu lado,
Esforço-me não lembrar.
Seus erros são as premissas,

Das incertezas,
Destas justificativas,
E infame volumosa seda.
Hoje é a colheita afetiva,

Dos meus ínfimos desejos,
De pudor retribuído as nossas,
Mais incertas...
Justificativas.

Os dias


Os dias, os anos passam...
As lembranças são eternas,
a saudade permanente e nossos olhos
em busca de cenas e tempos vividos.
Os dias, os anos passam...
Vivenciamos lições de vida,
aprendemos a vasculhar em nossos guardados do coração
e a acariciar lindos momentos que se foram para não mais voltar.

Os dias, os anos passam...
Crescemos na alma, mas sempre seremos frágeis no amor,
Os dias, os anos passam...
Muitos virão ou quem sabe, nossa estada nesta vida seja curta...

Nada sabemos do amanhã.
Os dias, os anos continuam a desfilar na passarela do aprendizado e nós,
protagonistas da vida,
enfrentamos os momentos que nos fazem infelizes e nos deliciamos com os felizes!

Resumimos, que a vida é um grande baile em que almas se encontram,
se esbarram, se unem e se separam...
Cada qual bailando nos conflitos, nas esperanças e nas suavidades de momentos de amor.
De todos os dias, anos que se foram,

concluo que viver é ser cada qual, em sua essência adquirida.

Com todas as adversidades, com as lágrimas derramadas, ainda assim, a alegria de viver é o maior presente embrulhado em papéis de brilhos de momentos...

Maestrada é sua dança


Ao sul as belas e brancas nuvens de inverno
Ao norte tu eis esplendor
Ë magnitude

É mistério
Tocar-te-ia, mas acompanho-lhe
Nesta noite fria
A manha nos trás nostalgia

E desta vivemos a incerteza do período contagioso
Ao lar retornamos, e uma interrogação (?)
Será dia e lembranças?

Estas já não as têm

Somente mistério

Sem certezas.

Entrelinhas virtuais



Entrelinhas da distância
Longínqua é a tristeza que nos persegue
Perto é a insônia, e de manhã o afago exercitado.
Entre linhas virtuais

Encontro noturno, palavras silenciosas;
Luz laranja, barra azul;
Perto é insônia, e de manhã mais um dia
Entre linhas esperançosas

Boa música, mas a distância feita de palavras;
Inspiração, cortejo anfitrião, saudade.
Perto é insônia, e de manhã um pouco mais...
Entrelinhas te espero!

Solitário jantar, alegre bem estar,
Entrelinhas virtuais, linhas da distância;
Luz laranja e insônia, que seja tardia.
Pois te esperar é o que tem feito a noite brilhar.

terça-feira, 25 de março de 2008

Mudanças


Verdadeiro anseio de maturidade.
Provações ao nosso ego, mas ele mesmo não sabe o que quer.
Seria apenas multidão?
Mostra-me SEU ser TODO poderoso o desprezo alheio
Palavras citadas de alguém jamais imaginado.

A bonança aparecerá
Vidas para proteger o nosso coração
Meias palavras acontecer acasos
Anticorpos colaterais ao desprezo e a nossa angústia abstrata

Procuro a paz vivida nos problemas cotidianos
e de dias e dias e dias e mais dias...
Daí em um molho de tomate,
encontrar minha real estrutura de sanidade
ao real exposto, quem diria ao que tiver que ser.
Que delicia estar comigo!

Proibido






Encantar a alma,
Este seria um bom tema, mas...
Encantar a quem?
E em dias chuvosos trilha sonora nova.
Você e eu a margem do proibido...
Que delícia.
Quem foi que proibiu proibir?

Limpeza




Você
Dois passos e se perca
Conte os pássaros
Agora desista
Você
Não insista
Apavorar-te-ia?
Berço lusitano
Bom dia
Abra a porta
Você
Permita-se esta limpeza

Saída



A lua inspira minha sensibilidade
A água maltrata minha angustia
E o sol vem me dizer:
- rapaz pare de sonhar!

É então, em meu mais secreto esconderijo;
Satisfaço meu gosto pela noite.
Tenho medo
Mas,
É impiedoso como maltrato meu ego esperançoso

O compasso é discípulo da minha insônia
Repouso seguro
E bom dia já se foi
Junto com minhas grandes melancolias

Perdido digo adeus,
Ao encontro estou
Mas de mim,
Preciso me perder

quarta-feira, 19 de março de 2008

Eu


Esses dias em que a tristeza lhe afoga,

estarei ai, a sua cercania.
Não há de haver murmuro uma lágrima, e desta,

a nossa gratidão!


Esses dias que lhe fizestes feliz...
Areia aos pés
Elis nos falava do barco errante.
Infinito nostálgico, melancólico, mas pintado a ouro.

E
U
U
U
U
U
U


Humano ser!
Obrigado por esses encontros
Criaturas da noite já não as temem!
Namaste.

terça-feira, 18 de março de 2008

Acaso




Acaso...
Qual foi a semente que não germinou?
E quantos pássaros da janela tu vistes?
Quantos deles não voltaram...E quantos voaram?


Sinto a regência de urano
Regência dos cosmos, como aceitá-la?
Entendimento interno, anos luz, não apague!
Conduz ao interior, sem medo apenas desejo.

Claridade, luz para o caminho
Na minha frente, de repente
Nasceu menina
Tornou-se mulher

E o casulo ficou só
Nunca mais voltou
Adiante sem medo
Que futuro é este?

Reveladora esperança, de criança.
Adormece e sonha
Grita a fadiga
Espera na vereda sem magia

De tarde e de dia...
No seu sonho meu acaso
Agora não tardia, de verde é coração
Esperança já é dia!

E de dia? Em que magia?
Reveladora esperança de criança.
Tudo agora no instante de poesia

Quando a foto lhe roubava
Que de cimento é tão linda
Os verso que criamos
Descoberta interna sem acasos.

sábado, 8 de março de 2008

Alisu & Elias



E a noite chegou...

O frio já é madrugada

Canta a passarada

E pessoas vêm me visitar


O sol desce

As estrelas surgem

O amor passa

E a musica fica


E na duvida saímos

O silêncio da musica é o barulho da cidade

E a cidade maltrata e inspira ...Cárceres!

Já é verão?


Muitos morreram sem solução

E a morte eterniza o medo da vida

E o fim parece sem saída

Que saída?


Ecos da liberdade

E ficou a musica

“Alisuelis” e ponto final!

Ponto com.cl

quarta-feira, 5 de março de 2008

Palavras ao vento,




Realismo de muitas cicatrizes de nossas palavras incertas.
Insumo desfrutado e insultos.
Palavras que voltam ao colo materno de amizades certas e,
Incertas por nobrezas e fortalezas.

Onde você esta?
Onde eu estou?
E onde estarei amanha?
Ou hoje,

ou em seu intimo infarto e vaidoso anseio contagioso,
dessas e nossas angustias e desejos. Cicatriz das palavras ao vento,
ao leu te dará o presente e o passado,
para o futuro e ao curto e longo dia,
à tarde de nossas intimas fantasias vividas.
E para as palavras que aquele vento de brisa, daquelas insertas palavras,
Do hoje não vividas por nossas incertezas de um amor ou, rancor.
Passos e melancolia, loucura e sinônimos, o que realmente somos?
Loucos?
Amantes?
Insanos?
Humanos!

Essa luz, reluzente ou não,
mas que conduz, ao amanha ou não,
Inseguros, incertos e amigos,
colo materno, de ti, de mim, de nos e de todos...
Céu de esperança, caloroso abraço e feliz lagrima rolando na ilha de nossas caras...
Chore...
Ame...
Cante...
Viva...
Cante...
Ame...
Chore...
Viva...
Ame...
Eiiiiiiiiiiii!!!
Não tenha medo!
Felicidade...Onde?
Por favor, acenda a luz!

O dia em que aprendi andar de bicicleta


Minha cara era só sujeira, poeira e barro, mas consegui o que há tempoS treinava. Finalmente, pela primeira vez, andei sem as rodinhas de apoio da bicicleta.

O ano 1985, as ruas ainda eram de terra, a família era unida, meu presente desse ano? Um livro, O pequeno príncipe, a bicicleta, ora, ainda um sonho, embora esse tenha sido o sonho de toda criança daquela época.

Meu Deus, quem na infância, na década de 80 não se lembra: “Não esqueça minha caloi”.
Claro haviam outros emergentes tecnológicos, Atari, Genius e, ainda me lembro que papai chegou em casa com uma “Guigui”,

ahhh... essa boneca me causava calafrios toda a vez que minha irmã pegava nas mãozinhas dela e puxava, aquele som de guiiiguii guii guii...

Pois é, quanta nostalgia, entretanto sem meu sonho. Mas me deliciava com as figuras da jibóia que comeu um elefante, que para adultos era um chapéu. Que burros!
Não sabem mesmo ter um ponto de vista inocente, critico e sábio como de criança.
Minha imaginação fora fértil tanto quanto ao do pequeno, quando encotrou um aviador caído no deserto. Ele ficou lá até que o adulto pudesse acordar, e quando o fez, pediu-lhe. – Desenha um carneiro!?

Nesse pequeno filme imaginário não havia espaço para sofrimento, debaixo do meu “carro” uma maquina de costura da elgim, eu, bem, eu costurava e dirigia minhas fantasias, sentado horas a fio ali, sozinho, com meus mais nobres e inocentes pensamentos.

A brincadeira só acabava quando mamãe com o pé acelerava para costurar o bolso em uma camisa branca, era inicio das aulas e, lá estava, mais um bolso com o brasão da escola Henriqueta Rivera Miranda.

Da pequena cidade dos sonhos nunca me mudei, continuo lá, mesmo não estando. Continuo a brincar, a ver as coisas com inocência, o pequeno ainda permanece em meu coração, fazendo recordar.

Quando uma criança diz que quer uma bicicleta eu sempre sugiro um livro. As rodinhas da bicicleta continuam na minha lembrança, será eternizada, seja para mim, seja para aqueles que com sabedoria possam reconhecer sonhos em pequenas inquietudes da vida.

Que possam enxergar um sonho mesmo não podendo palpa-lo, precisando cair, ter poeira e barro na cara. O crescimento é necessário, porque o faz de conta não é para sempre, crescermos e deixamos de ser menino e/ou menina, abraçamos mudanças e acompanhamos literalmente uma prisão chamada sociedade.

Sempre me sinto sem as rodinhas, prefiro acreditar que vou cair, vou ralar o joelho, vou escutar gente rindo.
Mas o importante não será ter conseguido andar sem rodinhas, mas sim de ter sempre tentado.

Ser diferente


Gosto de escrever à noite, nos 10 minutos em que desarrumo as estrelas,
trocando-as por palavras. Palavras suaves...

Porque eu sou assim!
Gosto de ser menino,
de me esconder em sorrisos tímidos,
de construir uma casa só minha,

onde ninguém me conhece.

Pois o meu sangue é brisa leve,
e a minha pele está bordada à seda.
E há algo dentro de mim que não esmorece,
enquanto espero te espero na vereda...

A vida intensifica-se quando sorris,

porque no teu sorriso cabe o mundo!
E ninguém sabe o que ele me diz,
quando me resgatas do meu refúgio escuro.
Gosto da música das tuas gargalhadas,

do carinho disfarçado em público...

...Da tua seriedade, das tuas palhaçadas,
das pazes depois dos amuos.
Gosto de ti, quando tu és tu,
porque não te encontro em mais ninguém.

Gosto dos teus olhos, da tua atitude,
e da luz que me trazes quando a noite vem...

Essência e Amor


Respeito,
Amizade,
Companheirismo,
Diferenças,
Detalhes.

Uma receita que foi ensinada por nossos avós.
Um frio na barriga,
Mas ainda não é o amor,
É paixão.

Química trimestral.
Tempo revelador
O amor chegou...
...Ou não,

Perceber-te é fácil
Mas é verdadeiro?
O amor é essência, é...

Atitude,
Entrega,
Desejo,
Sedução,
Romantismo,
Olhar,
Carinho,

E essência é o coração pulsante,
A criança viva eternamente dentro de ti,
É doar sem querer receber,
Amar sem medo de sofrer,
Rir o riso não vivido,

Viver a historia de alguém como se fosse sua
Fazer o diferente, ser taxado de doido,
Ver por muitos dias o pôr-do-sol, ou o nascer dele,
É sentir-se bobo, anestesiado, em sintonia.

Mas se mesmo assim você encontrar mentiras verdadeiras
Não desista
Acredite, ainda existem pessoas com essência e amor.
E você quem deseja ser?