domingo, 30 de março de 2008

Garoa desta terra


A cidade que não pára
É a cidade de tantas coisas
É a solidão na multidão
É multidão e vontade de ir embora

A cidade que não pára
É multidão de medo
Poluição e desejos, dos desejos.
Mas quando cai à noite...

É a brisa suave vinda do litoral
É o engarrafamento da marginal
É cultura e inferno
Cidade de tantas coisas!

Confusões e passado de histórias
Abrigo e desabrigo garoa e medo!
Refúgio na Internet
Acasos e testemunhas oculares.

Esta cidade não mente
Maltrata gente, acolhe a igreja.
É Deus na esperança
Faca e sangue na calçada

Ela é abstrata, é impacto na água
A cidade que não pára!
É vontade ir embora
É a cidade de tantas coisas

Mas é a cidade que ensina
Parceira e menina
Na rua e no arranha céu
De preto e branco acabou.

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